terça-feira, 31 de agosto de 2010

Duas lendas cristãs

Como manter o inferno cheio?

No momento em que o Filho de Deus expirou na cruz, foi diretamente ao inferno salvar os pecadores.

O diabo ficou muito triste.

- Não tenho mais função neste universo - disse Satanás. - A partir de agora, todos aqueles que eram marginais, que transgrediram os preceitos, cometeram adultérios, infringiram as leis religiosas, todos estes serão perdoados e enviados diretamente ao Paraíso!

Jesus olhou para ele e sorriu:

- Não se lamente. Virão para cá todos aqueles que, por se julgarem cheios de virtudes, vivem condenando os que não seguem minha palavra.

"Espere algumas centenas de anos, e verás que o inferno estará mais cheio do que antes!"

O mosteiro pode acabar

O mosteiro atravessava tempos difíceis, o mundo havia mudado: afirmavam que Deus era apenas superstição, a Igreja estava cheia de problemas, e os jovens já não queriam mais ser noviços. Uns foram estudar sociologia, outros passaram a ler tratados de materialismo histórico, e pouco a pouco a pequena comunidade que restou foi se dando conta que seria necessário fechar o convento.

Os antigos monges foram morrendo. Quando o último deles estava pronto para entregar sua alma ao Senhor, chamou ao seu leito de morte um dos poucos noviços que restavam.

- Tive uma revelação - disse. - Este mosteiro foi escolhido para algo muito importante.

- Que pena - respondeu o noviço. - Porque só restam cinco rapazes, e não podemos dar conta de todas as tarefas, quanto mais de uma coisa importante...
- É uma pena mesmo. Porque, aqui no meu leito de morte, um anjo apareceu, e eu entendi que um de vocês cinco estava destinado a tornar-se um santo.
Disse isto, e expirou.

Durante o enterro, os rapazes olhavam-se entre si, espantados. Quem teria sido o escolhido: aquele que mais ajudava os habitantes da aldeia? O que costumava rezar com uma devoção especial? Ou o que pregava com tal entusiasmo que os outros se sentiam à beira das lágrimas?

Compenetrados pela presença de um santo entre eles, os noviços resolveram adiar um pouco a extinção do convento, e passaram a trabalhar duro, pregar com entusiasmo, reformar as paredes caídas, praticar a caridade e o amor.

Certo dia, um rapaz apareceu na porta do convento: estava impressionado com o trabalho dos cinco rapazes, e queria ajudá-los. Não demorou uma semana, outro jovem fez o mesmo. Aos poucos, o exemplo dos noviços correu a região.

- Os olhos deles brilham - dizia um filho ao seu pai, pedindo para entrar para o mosteiro.

- Eles fazem as coisas com amor - comentava um pai com seu filho. - Vê como o mosteiro está mais belo do que nunca?

Dez anos depois, já havia mais de 80 noviços. Nunca se soube se o comentário do velho monge era verdadeiro, ou se ele tinha encontrado uma fórmula para fazer com que o entusiasmo devolvesse ao mosteiro a sua dignidade perdida.

Créditos do texto: Paulo coelho.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Como se tornar um Leão?

Participe de uma rede internacional de voluntários e amigos
Neste exato momento, os Leões estão contribuindo para a melhoria de comunidades de todo o mundo. Estamos nos reunindo para o planejamento dos projetos locais. Estamos patrocinando intercâmbios no exterior para jovens. Estamos levando água potável limpa para comunidades isoladas. Estamos construindo. Estamos compartilhando. Estamos consertando. E estamos nos divertindo.
Temos clubes comunitários que se reúnem pessoalmente. Clubes cibernéticos que se reúnem on-line. E também temos clubes de interesses especiais voltados para profissões, hobbies ou qualquer outra fonte de interesse. Cada clube atende às necessidades de seus sócios para ajudá-los a apoiar a comunidade, imediatamente.
Sócios do Lions Clubs
Os Leões são grupos de homens e mulheres preocupados em servir à comunidade em que vivem, visando à sua melhoria. Podemos ser jovens, famílias ou da geração de meia-idade. Tornar-se um Leão é tornar-se um voluntário engajado, um membro de uma organização internacional respeitada, um líder na comunidade e um amigo dos mais necessitados. Conheça melhor o nosso trabalho.
Há muitas razões para se associar. Como Leão, você:
• Ajudará sua comunidade e desenvolverá habilidades preciosas
• Mudará a vida de outras pessoas, na sua região e no mundo
• Aprenderá a ser um líder, e a liderar uma organização respeitada
• Estabelecerá relacionamentos com o setor empresarial da sua comunidade e de todo o mundo
• Terá uma vida mais dinâmica e divertida
Crescerá como pessoa e como profissional. E saberá que o que você faz vale a pena e é reconhecido.
Como associar-se
Para associar-se a um Lions Clube, é necessário ser convidado. Também é possível abrir um novo clube.

O que é a Lions Clubs International Foundation,

A Lions Clubs International Foundation é o Lions ajudando Leões a servir ao mundo. A Fundação aceita doações de Leões e não sócios do Lions e, por sua vez, fornece financiamento na forma de subsídios para ajudar financeiramente distritos do Lions em projetos humanitários de larga escala, que sejam grandes demais para serem financiados pelo próprio Lion Clube. A Fundação ajuda Lions Clubes a ter um impacto maior em suas comunidades locais, bem como no mundo inteiro. Através da LCIF, os Leões aliviam a dor e o sofrimento e levam cura e esperança para pessoas do mundo todo.
Os subsídios proporcionam tanto assistência imediata após desastres naturais quanto ajuda de longo prazo para esforços de reconstrução de ajuda a vítimas de catástrofes. Os subsídios ajudam a preservar a visão, combater deficiências, promover a saúde ou servir à juventude.
Cada dólar doado à LCIF vai direito para um subsídio. O apoio dos Leões é crucial, pois suas doações fornecem a maior parte da receita da LCIF. A LCIF recebe também uma pequena quantia de fundos provenientes de fundações e empresas. Ela não recebe quotas dos clubes. A LCIF é realmente Leões ajudando Leões.
Desde sua fundação em 1968, a LCIF concedeu aproximadamente 8.000 subsídios, totalizando US$ 566 milhões.
A Lions Clubs International Foundation, divisão de subsídios do Lions Clubs International, leva ajuda, esperança e cura para o mundo.
A LCIF permite ao Lions combater problemas globais, como cegueira e surdez, e ajudar em grandes catástrofes, como terremotos e inundações. Mas a LCIF também ajuda o Lions a atender às comunidades locais, formando parcerias com elas para a construção de escolas, clínicas de saúde e centros de treinamento vocacional para portadores de deficiências.
A LCIF ajuda as pessoas a viver de forma mais saudável e produtiva. Ela combate a cegueira desnecessária por meio de cirurgias de catarata, construindo e equipando hospitais oftalmológicos e clínicas de olhos e aumentando a conscientização em relação às doenças de vista.
A LCIF incentiva o potencial dos jovens, construindo escolas e apoiando o programa Lions-Quest de habilidades para a vida. Ela também promove a saúde, construindo e equipando clínicas médicas; oferece assistência aos idosos, construindo centros para idosos; capacita deficientes, apoiando programas vocacionais; e ajuda as vítimas de desastres por meio de projetos de reconstrução e de ajuda de curto prazo.

Lions Club International - Nosso trabalho:

Mais voluntários em mais lugares do que qualquer outra organização de clube de serviço
Quando se trata de aceitar desafios, nossa resposta é simples: Nós servimos. Em 205 países, em hospitais e principais centros, em regiões atingidas por desastres naturais, em escolas e em centros de reciclagem de óculos, Leões estão trabalhando, ajudando, liderando, planejando e apoiando. Como estamos no local, podemos atender às necessidades específicas das comunidades em que vivemos. E como estamos em todo o mundo, podemos enfrentar os desafios que vão além das fronteiras.
Queremos que todos vejam um futuro melhor. É por isso que apoiamos programas e serviços de visão, incluindo exames de visão, bancos de olhos e reciclagem de óculos. Prestamos serviços de assistência oftalmológica para aqueles que correm o risco de perder a visão. E arrecadamos doações por meio de campanhas como SightFirst e SightFirst II.
Acreditamos que todos merecem uma vida saudável. Desde o fornecimento de programas de saúde voltados para a perda de audição ao apoio a esforços para controle e prevenção da diabetes, estamos trabalhando para melhorar a saúde de crianças e adultos em todo o mundo.
Nós capacitamos a próxima geração. Seja oferecendo experiências de voluntariado e liderança em um Leo Clube ou compartilhando mensagens de paz por meio de nosso Concurso de Cartaz sobre a Paz, nossos Programas Juvenis investem no futuro, chegando até os jovens.
Nós servimos as comunidades locais e protegemos o planeta. Desde a realização de projetos de serviços práticos ao fornecimento de assistência emergencial, nossos programas comunitários e ambientais melhoram nossas comunidades e protegem o meio ambiente.

História do Leonismo no Brasil

No dia 16 de abril de 1952, estabeleceu-se o Leonismo no Brasil com a fundação do primeiro clube, que foi o Lions Clube do Rio de Janeiro, hoje, Lions Clube do Rio de Janeiro-Centro.
De acordo com a deliberação da II Convenção Nacional de Lions Clubes, em S. Paulo (1955), o dia 16 de abril é o "Dia do Leonismo Nacional" porque nesta data se deu a fundação do primeiro clube no Brasil, o do Rio de Janeiro.
Os três primeiros clubes fundados no Brasil foram: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
Armando Fajardo, o Leão número 1 do Brasil é fundador do Lions Clube do Rio de Janeiro e o primeiro Conselheiro Internacional do Brasil. O Leão número 1 de São Paulo é Floriano Peixoto Santos, fundador do primeiro clube de São Paulo, o Lions Clube de São Paulo - Centro.
Dois Leões Brasileiros foram eleitos Presidentes de Lions Clube Internacional. São Eles:
João Fernando Sobral, do Lions Clube de São Paulo-Belém, que fora governador do Distrito L-4 em 1964/65 e Diretor Internacional em 1969/71.
Em 1976, na Convenção de Honolulu, Sobral foi eleito Presidente de Lions Clube Internacional, constituindo-se, assim, no primeiro brasileiro a ocupar o mais elevado cargo de Leonismo Internacional.
Augustin Soliva, do Lions Clube de São José dos Campos-Centro, foi governador do Distrito L-16 em 1974/75 e Diretor Internacional em 1980/82.
Em 1996, na convenção de Montreal, no Canadá, foi eleito e empossado como o segundo brasileiro a ocupar o cargo mais elevado do Leonismo Internacional.

Objetivos: Associação Internacional de Lions Clubes

Objetivos:


CRIAR e fomentar um espírito de compreensão entre os povos da Terra.

INCENTIVAR os princípios do bom governo e da boa cidadania.

INTERESSAR-SE ativamente, pelo bem-estar cívico, cultural, social e moral da comunidade.

UNIR os clubes pelos laços de amizade, bom companheirismo e compreensão mútua .

PROMOVER um fórum para a livre discussão de todos os assuntos de interesse público, excetuando-se, entretanto, o partidarismo político e o sectarismo religioso, que não serão debatidos pelos associados no clube.

INCENTIVAR as pessoas bem intencionadas a servir a suas comunidades sem benefício financeiro, estimular a eficiência e promover elevados padrões éticos no comércio, na indústria, nas profissões, nos serviços públicos e nos empreendimentos particulares.

História: Lions Club Internacional

Em 1917, um empresário de Chicago fez uma pergunta simples, que foi capaz de mudar o mundo: e se as pessoas usassem suas habilidades no trabalho pela melhoria da comunidade em que vivem? Quase 100 anos depois, o Lions Clubs International é a maior organização de clubes de serviços do mundo, com 1,3 milhão de sócios e incontáveis histórias de Leões atuando em prol de um ideal muito simples: vamos melhorar nossas comunidades.
Esse empresário foi Melvin Jones. Ele convocou uma reunião organizacional de clubes que formaram o Lions Clubs International em 7 de junho de 1917, em Chicago. No mesmo ano, o Lions realizou sua primeira convenção nacional, em Dallas, e criou um estatuto, regulamentos, objetivos e um código de ética.
1920: Internacionalização
Apenas três anos depois, o Lions tornou-se internacional, criando o primeiro clube no Canadá. Em 1927, foi a vez do México. Nas décadas de 1950 e 1960, o crescimento internacional acelerou-se, com novos clubes na Europa, Ásia e África.
1925: Helen Keller e a "cruzada contra a escuridão"
Uma das primeiras e mais importantes causas que nos moveram é a erradicação da cegueira. Ela teve início em 1925, quando Helen Keller discursou na Convenção do Lions Clubs International em Cedar Point (Ohio), nos Estados Unidos. Ela nos desafiou a nos tornarmos "paladinos dos cegos na cruzada contra a escuridão". Desde então, trabalhamos incansavelmente para cumprir sua promessa de auxiliar os cegos e deficientes visuais.
1945: Nações Unidas
O ideal de uma organização internacional é exemplificado pela nossa relação duradoura com as Nações Unidas. Nós fomos uma das primeiras organizações não governamentais convidadas para ajudar na redação da Carta das Nações Unidas e, desde então, apoiamos o trabalho da ONU.
1957: Criação de programas juvenis
No final da década de 1950, criamos o Programa Leo para oferecer aos jovens do mundo uma oportunidade de desenvolvimento e contribuição pessoal. Já existem mais de 5.500 Leo Clubes em mais de 130 países, com mais de 140.000 Leos em todo o mundo.
1990: SightFirst
Em 1990, lançamos nossa mais agressiva campanha pela conservação da visão, o SightFirst. O programa de US$ 215 milhões tem como objetivo livrar o mundo da cegueira evitável e reversível, apoiando serviços de atendimento médico aos extremamente necessitados. Em 2008, o Lions terminou a campanha SightFirst II, que arrecadou mais de US$ 200 milhões para a expansão do programa.
Hoje: Serviços locais e globais
O Lions Clubs International se fortalece e amplia nossa missão de serviço a cada dia – nas comunidades locais e em todos os cantos do mundo. Em 2002, fomos o primeiro clube de serviços internacional a receber permissão para organizar e administrar clubes na China continental. E em 2007, foi criado um Lions Clube no Iraque. Esses clubes fazem parte de uma rede internacional crescente, que já conta com 45.000 clubes localizados em mais de 200 países em todo o mundo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Instrução leonística: A arte de tentar.

A frase é de Pablo Picassso: “Deus é, sobretudo, um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo – simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer.”

Nossa vontade de andar cria nosso caminho – entretanto, quando começamos a jornada em direção ao sonho, sentimos muito medo, como se fôssemos obrigados a fazer tudo certinho . Afinal, se vivemos vidas diferentes, quem foi que inventou o padrão do “tudo certinho”? Se Deus fez a girafa, o elefante e a formiga, e nós procuramos viver a Sua imagem e semelhança, por que temos de seguir um modelo? O modelo às vezes nos serve para evitar repetir erros estúpidos que outros já cometeram, mas normalmente é uma prisão que nos obrigar a repetir sempre aquilo que todos fazem.

Ser coerente é precisar usar sempre a gravata combinando com a meia. É ser obrigado a manter, amanhã, as mesmas opiniões que você tinha hoje. E o movimento do mundo – onde fica?

Desde que não prejudique ninguém, mude de opinião de vez em quando, e caia em contradição sem se envergonhar disso. Você tem esse direito; não importa o que os outros vão pensar – porque eles vão pensar de qualquer maneira.

Quando decidimos agir, alguns excessos acontecem. Diz um velho ditado culinário: ”para fazer uma omelete é preciso, primeiro, quebrar o ovo.” Também é natural que surjam conflitos inewsperados. É natural que surjam feridas no decorrer destes conflitos. As feridas passam: permanecem apenas as cicatrizes.

Isso pe uma bênção. Estas cicatrizes ficam conosco o resto da vida, e vão nos ajudar muito. Se em algum momento – por comodismo ou qualquer outra razão – a vontade de voltar ao passado for grande, basta olhar para elas.

As cicatrizes vão nos mostrar a marca das algemas, vão nos lembrar os horrores da prisão – e continuaremos caminhando para frente.

Por isso, relaxe. Deixe o universo se movimentar a sua volta, e descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo. “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios”, diz São Paulo.

Um Guerreiro da Luz nota que certos momentos se repetem; com frequência ele se vê diante dos mesmo problemas, e enfrenta situações que já havia enfrentado antes.

Então fica deprimido. Começa a achar que é incapaz de progredir na vida, já que as mesmas coisas que viveu no passado estão acontecendo de novo.

“Já passei por isso”. Ele reclama com seu coração.

“Realmente você já passou”, responde o coração. “Mas você nunca ultrapassou.”

O Guerreiro então passa a ter consciência de que as experiências repetidas tem uma finalidade; ensinar-lhe o que ainda não aprendeu. Ele dá sempre uma solução diferente para cada luta repetida – e não considera sua falhas como erros, mas como passos em direção ao encontro consigo mesmo.

Texto extraído do livro:“Ser como o rio que flui”, Autor: Paulo Coelho.